sexta-feira, 16 de abril de 2010

Semana esdrúxula: temporal no Rio

Nenhum fato ocorrido na semana, 05 a 10, sobrepuja a verdadeira tempestade que caiu no Rio de Janeiro. Como de costume, não vou ficar descrevendo aqui os detalhes da tragédia, há informação de sobra na Internet, com todos os detalhes. Fica o registro de como as chuvas afetaram minha rotina.
Na segunda-feira (05), Dani e eu fomos trabalhar normalmente, da escola fomos para a academia. Durante o treino, ouvimos cair o pé-d’água, mas não demos naquele momento a devida importância. Quando percebemos que a chuva NÃO iria parar, deixamos as bicicletas na academia e chamamos um táxi. O que veio a seguir nós não esperávamos.
O taxista já havia alertado na porta da academia que as ruas estavam alagadas. Não levei muita fé, achei que ele estivesse cheio de merda com o carro novo. Quando chegamos na Marechal Marciano, entretanto, vimos os carros voltando na contra-mão: o sujeito não estava exagerando, as ruas estavam verdadeiros rios. Quando chegamos a uma altura da rua em que não podíamos avançar, tentamos pegar a estrada da Água Branca, mas também estava alagada. Tentamos voltar a Padre Miguel e pegar a Porto Nacional, sem sucesso. Por fim, pagamos R$ 15,00 de corrida e ficamos no Prezunic para esperar a água baixar. Fizemos uma pequena compra e voltamos para casa de Kombi. Aqui vale um adendo: é impressionante como o pior e o melhor das pessoas vêm à tona nessas situações, no nosso caso específico, veio o pior. Depois de muito tempo esperando a Kombi no ponto, uma mulher posicionou-se alguns metros mais à frente, na clara intenção de furar a fila para garantir um lugar no próximo carro. Não deu outra: quando a Kombi virou a esquina, ela fez sinal e pulou rapidamente para dentro do carro, sob protestos meus e da Dani. Não tem jeito, favelado é favelado até na enchente.
O restante da semana foi um porre. Não houve aulas na terça e na quarta, mas não pudemos aproveitar fazendo nada, já que a chuva não parava. Além disso, a água infiltrou em várias partes da casa, causando grande aborrecimento. Passei esses dias terminando de instalar programas na máquina do velho, nada mais.
No sábado de manhã fomos fazer o planejamento interdisciplinar do 2º bimestre, que saiu bem rápido dessa vez, até porque não cobramos dos professores a precisão e empenho da primeira tentativa. Infelizmente, com certas pessoas as coisas só ficam viáveis trabalhando no nível da mediocridade.
O domingo foi igualmente parado, passei o dia reinstalando o sistema na minha máquina, migrei para o Windows 7. Estou até agora (literalmente) tentando me acostumar.

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