quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Capacitação EMI – Dia 3

Assim como ontem, o dia foi iniciado na sala de musculação. Tudo muito bom, exceto por um babaca que foi dizer para Dani que professor é pobre e graças a Deus que não sou professor. Danielle, naturalmente, colocou-o em seu devido lugar. É impressionante como o mito de que professor passa fome persiste até hoje – ora, nós não temos um salário altíssimo, é verdade, mas ganhamos o suficiente para nos sustentarmos e adquirirmos bens de consumo como carros e eletrônicos, viajamos regularmente e ainda podemos nos orgulhar de que fazemos o que amamos. Quantos profissionais podem dizer isso, sinceramente, de seus empregos?
Após o almoço Dani foi descansar enquanto Janaína, Fabrícia, Daniele e eu fomos ao teatro assistir aos painéis que constavam das experiências de profissionais em outras escolas. Infelizmente a grande maioria das apresentações foi corrida e pouco elucidativa: falou-se muito superficialmente a respeito das práticas, muitos palestrantes falaram tão rápido que era difícil seguir suas linhas de raciocínio. Além do mais, apenas falar sobre experiências que deram certo não basta: é preciso demonstrar, principalmente, como foi feito. Essa etapa demorou tanto que houve um momento em que alguns professores perderam a paciência e começaram a bater palmas (estava sendo exibido um extenso vídeo de uma escola de Goiás, que parecia aquelas montagens de cidades que querem sediar as olimpíadas: crianças sorrindo e dizendo como amam sua escola perfeita). O pessoal de Goiás que exibiu o vídeo retirou-se meio desconcertado.
O momento mais esperado era aquele em que seriam esclarecidas as dúvidas em relação ao projeto, respondidas pelo próprio NOME-A-SER-ACRESCENTADO. Os grupos de professores prepararam muitas perguntas, a maioria pertinente e bem elaborada. O que se ouviu a seguir, entretanto, foi frustrante: apenas respostas evasivas que pouco esclareceram as dúvidas dos professores.
Às 17:00 nos reunimos com as representantes da Secretaria de Estado de Educação, Maria Minerva e NOME-A-SER-ACRESCENTADO. Incrivelmente, esta etapa foi mais esclarecedora do que a anterior: as representantes da SEE foram muito pacientes, receptivas e atenciosas com os professores, procurando responder, na medida do possível, a todas as perguntas. Alguns pontos importantes foram esclarecidos:
- O EMI nas escolas será executado dentro do horário normal do professor, ocupando um mínimo de 20% do tempo total das disciplinas;
- Ainda não foi definido se o professor poderá fazer GLP para realizar as oficinas do EMI;
- O início do programa, que estava marcado para 8 de fevereiro, foi adiado e ainda não possui uma data para começar;
- Ao contrário do que muitos pensavam, o EMI não obrigará o professor a trabalhar fora do seu horário.
Após a janta, fomos para a oficina de samba, sendo que desta vez usei uma roupa adequada. Surpreendi-me com a facilidade com que aprendi os passos básicos... talvez eu tenha jeito para a coisa, quem sabe? O oficineiro Flávio foi muito simpático e nos ensinou uma coreografia que será apresentada amanhã (Deus nos ajude). Ao final, fomos presenteados com alguns adereços de carnaval e fizemos uma grande roda de samba. Intimamente eu fiquei emocionado com esta parte, porque sabia que essa experiência tão bacana que está sendo esta capacitação aqui no SESC está chegando ao fim, e não encontraremos mais esse grupo de professores tão querido e competente.

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