quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Clássicos que fascinam

Nesta última semana de férias prolongadas (para quem não sabe, graças à gripe suína, ganhamos mais 14 dias em casa), resolvi assistir a alguns dos tais filmes obrigatórios que todo bom cinéfilo deve conhecer. Assistir a esses filmes tem, na verdade, um caráter didático que não necessariamente resultará em diversão.
Na segunda-feira escolhi O Sétimo Selo e anteontem, terá-feira, assisti a Cidadão Kane, o tal filme que alardeiam ser o melhor já feito. A crítica completa de ambos estará disponível em breve. Vou escrever apenas algumas palavras sobre minha opinião geral.
Fico impressionado como esses filmes antigos causam em mim uma satisfação que raramente aparece quando assisto às novas produções. São filmes que têm mais de 50 anos, mas que trazem consigo a marca da genialidade e da sensibilidade. Metafóricos, complexos, são filmes que não subestimam a inteligência do espectador, pelo contrário, obriga-os a pensar e refletir durante a após a exibição. Acima de tudo, são filmes humanos. Não sei se estou certo ao dizer isso, mas tenho uma impressão muito forte de que os cineastas das décadas de 1940 a 1970 tinham uma capacidade superior de apresentar e discutir os conflitos do homem. O Sétimo Selo, em particular, arrebatou-me de tal maneira que assisti ao filme duas vezes na sequência, algo que só havia acontecido comigo quando assisti a Donnie Darko.
Lamento pelos que têm preconceito dos filmes antigos. Estão perdendo a oportunidade de sentir verdadeiramente o que é ser tocado pela arte do cinema.
À propósito, só não publiquei este post mais cedo porque fiz questão de apresentar O Sétimo Selo à Dani e, no meu caso, assistir a ele pela terceira vez, em sequência. Pode parecer exagero, mas ver esses filmes apenas uma vez é uma ofensa ao gênio que os criou e uma perda para quem deixa de apreciar cada detalhe sutil da obra.

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